sábado, 12 de fevereiro de 2011


HISTÓRIA DE MENTIROSO

Ele era considerado o cabra mais mentiroso da redondeza. Embora sabendo que eram mentiras, muitos se ajuntavam em torno dele para ouvir os famosos causos.

Desta feita, ele saiu-se com essa:

- Certa vez, quando vinha das bandas de Itaituba para Santarém, atolei numa região famosa pelo número de onças que ali habitava. Tinha tanta onça, mas tanta onça que a noite ficava iluminada pelo grandes olhos desses animais. Como sabia que poderia virar jantar se saísse do carro aquela hora, tranquei-o muito bem e me fingi de morto até adormecer.

Quando acordei, meio atordoado ainda, pensei que estava chovendo, pois vi os dois parabrisas do carro indo de um lado a outro. Quando abri mais os olhos percebi que eram duas onças sentadas em cima do capout balançando o rabo. Com o susto, dei várias buzinadas. As danadas correram em disparada. Pra minha sorte, logo apareceram dois veículos que me ajudaram a sair daquele atoleiro. Ufa! Foi um susto e tanto.

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Quem sou eu

Belém, Pará, Brazil
Professor de Língua Portuguesa do Instituto Federal do Pará e Revisor de Textos da Universidade Federal do Pará. Especialista em Teoria Literária e aluno do Mestrado em Linguística/UFPA. Recebeu o prêmio Jabuti em 2001 como editor do livro "A Família Canuto e a Luta Camponesa na Amazônia", de Carlos Cartaxo. Autor dos livros Insanidades, Mosqueiro em Versos, Mosqueiro – Pura Poesia, CEFET – História que inspira poesia, Contando Histórias, Tênis de Mesa no Pará (coautoria com Mauro Macedo), Orientações para a produção textual... (coautoria com José dos Anjos Oliveira), Igreja do Evangelho Quadrangular..., Um Encanto de Ilha e Instituto Federal do Pará: 100 anos de educação profissional. Lançou os CDs Tributo a Mosqueiro e Um Encanto de Ilha.